"As Redes Sociais Estão Destruindo Nossas Conexões? Um Olhar Crítico"

Publicado por: Feed News
03/09/2024 08:05 PM
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Cortesia Editorial Pixabay
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"O Crescimento Desenfreado das Redes Sociais e Seus Efeitos na Nossa Vida e Sociedade"

 

Nos últimos anos, testemunhamos um explosivo aumento no número de usuários de mídias sociais, que quase triplicou nesta última década, alcançando quase 5 bilhões de pessoas. O que começou como plataformas para compartilhar informações e conectar pessoas agora evoluiu para labirintos algorítmicos que muitas vezes nos afastam da realidade.

 

O Facebook, Instagram e TikTok, originalmente concebidos para entretenimento e interação, transformaram-se em plataformas que moldam preferências políticas e promovem discussões sociais sérias. No entanto, a crescente insatisfação indica que as plataformas familiares estão perdendo sua essência original.

 

O tempo dedicado às redes sociais aumentou, mas a atividade significativa está diminuindo. Os usuários tornaram-se consumidores passivos de conteúdo idealizado, perdendo conexão com a vida real e seus entes queridos. As redes sociais, que uma vez foram criadas para unir pessoas, agora estão se transformando em espaços onde algoritmos obscurecem a autenticidade.

 

As estatísticas de uso revelam uma população global amplamente envolvida, mas a penetração varia por país. Em alguns lugares, como os Emirados Árabes Unidos, a taxa de utilização ultrapassa a população devido a contas duplicadas. Contudo, essa popularidade não reflete necessariamente a qualidade da interação, pois muitos se tornam consumidores passivos.

 

O Facebook e o Instagram, em particular, passaram por mudanças estruturais significativas. O Instagram, inicialmente um lugar para fotos do dia a dia, agora exibe conteúdo perfeitamente selecionado, resultado de uma estratégia consciente da Meta em priorizar blogueiros e conteúdo publicitário em detrimento de conexões pessoais.

 

O TikTok também desempenhou um papel crucial na transformação das redes sociais, incentivando o consumo de conteúdo em detrimento da criação. Plataformas que antes eram um espaço para compartilhar a vida cotidiana tornaram-se dominadas por vídeos curtos e conteúdo profissionalmente criado.

 

A busca por aplicativos que resgatem a autenticidade original das redes sociais resultou em iniciativas como o BeReal e o Locket. No entanto, criar essas alternativas não é suficiente, pois reter usuários torna-se uma tarefa árdua.

 

As pessoas continuam desejando conexões reais em redes, e os mensageiros, oferecendo pequenos grupos e privacidade, emergem como alternativas atraentes. As mudanças nas funções tradicionais das redes sociais e a popularidade do TikTok abrem espaço para novas ameaças, especialmente relacionadas ao consumo seletivo de informação.

 

Facebook e Instagram, antes considerados espaços para debates políticos, agora podem ser manipulados para promover ideias específicas, enquanto a influência informativa do TikTok se torna evidente em eventos como a guerra na Ucrânia. Essas transformações indicam a necessidade crítica de uma abordagem cautelosa e consciente em relação às redes sociais, à medida que elas se afastam de seus propósitos originais. O desafio agora é garantir que a busca por autenticidade e conexões reais não seja comprometida pelos interesses corporativos por trás dessas plataformas.

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