Dormir Mal Aumenta o Risco de Declínio Cognitivo: O Alerta da Neurologia

Publicado por: Feed News
25/11/2024 07:48 PM
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Ilustração Cortesia Editorial Ideia
Ilustração Cortesia Editorial Ideia

A Síndrome MCR e Seu Impacto na Qualidade de Vida: Por Que o Sono É Tão Importante

Um novo estudo em Neurologia trouxe luz a um sintoma aparentemente inofensivo que pode ser um prenúncio de demência: a sonolência diurna excessiva. Pesquisadores apontam que adultos mais velhos que frequentemente se sentem cansados ou sonolentos durante o dia podem estar em maior risco de desenvolver condições como a síndrome de risco cognitivo motor (MCR), associada a lentidão motora e problemas de memória. Embora não seja amplamente reconhecida, a MCR dobra a probabilidade de evolução para demência.

 

O Estudo e Suas Descobertas

O estudo incluiu 445 participantes com mais de 65 anos, todos vivendo de forma independente e sem diagnóstico prévio de demência. Durante a pesquisa, 36 participantes foram diagnosticados com MCR, condição que se revelou mais frequente entre aqueles que relataram má qualidade de sono e sonolência diurna.

 

Os resultados foram surpreendentes:

  • 39% dos participantes com baixa qualidade de sono apresentaram maior risco de MCR.
  • Aqueles que sofriam de sonolência excessiva durante o dia tinham três vezes mais chances de desenvolver a síndrome em comparação aos que dormiam bem.
  • Fatores como duração reduzida do sono e episódios frequentes de sono fragmentado contribuíram para o aumento do risco.

 

Embora ainda não exista uma relação totalmente elucidada entre distúrbios do sono e o desenvolvimento de demência, os pesquisadores enfatizam a importância de abordar esses problemas precocemente.

 

A Relação Entre Sono e Declínio Cognitivo

A MCR é uma condição que ainda não possui critérios diagnósticos amplamente difundidos, mas representa um estágio de risco antes da demência. Mesmo sem comprometimentos motores visíveis, indivíduos com essa síndrome demonstram maior vulnerabilidade ao declínio cognitivo e, em muitos casos, podem progredir para doenças mais graves, como o Alzheimer.

A privação ou baixa qualidade do sono é frequentemente associada a alterações metabólicas e inflamatórias no cérebro, criando um ambiente propício ao acúmulo de proteínas como a beta-amiloide, característica da demência.

 

Prevenção e Próximos Passos

A pesquisadora responsável pelo estudo destacou a relevância de identificar e tratar problemas de sono como parte de uma estratégia preventiva para demência. "Mais pesquisas precisam ser realizadas para compreender os mecanismos subjacentes que conectam os distúrbios do sono à síndrome de risco cognitivo motor e ao declínio cognitivo", afirmou.

Estar atento à sonolência diurna excessiva e a outros sinais sutis pode ajudar na intervenção precoce. Mudanças no estilo de vida, como melhora na higiene do sono e consulta a um especialista, são medidas simples que podem reduzir significativamente os riscos associados.

 

Conclusão

A sonolência diurna pode parecer trivial, mas estudos como este ressaltam sua importância como um possível indicador precoce de demência. Investir em hábitos saudáveis de sono não apenas melhora a qualidade de vida, mas pode ser um elemento-chave na prevenção de declínios cognitivos graves.

 

Para quem convive com idosos ou para os próprios adultos mais velhos, é essencial ficar atento e procurar avaliação médica em caso de alterações persistentes no sono ou aumento da sonolência diurna.

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