Kamala Harris ganha apoio de dissidentes republicanos após declarações contra Trump.
Ex-aliados de Trump e acusações de fascismo
Um grupo de ex-funcionários da administração de Donald Trump criticou publicamente o ex-presidente, acusando-o de incompetência e de uma inclinação perigosa para o fascismo e a ditadura. O ex-chefe de gabinete de Trump, John Kelly, foi um dos principais críticos, afirmando que o comportamento de Trump como presidente se aproximava de uma abordagem autoritária e antidemocrática. Kelly destacou que a definição de fascismo "descreve com precisão" a maneira como Trump lida com a política. Essa crítica foi acompanhada por mais de uma dúzia de outros ex-integrantes do governo Trump, que emitiram uma carta conjunta apoiando a declaração de Kelly. O Político escreveu sobre isso aqui
A divisão no partido republicano
Os signatários do documento afirmaram que foi uma decisão difícil tomar essa posição, mas que "há momentos na história em que o país deve ser colocado acima do partido". A carta ressalta a gravidade das revelações de Kelly, descrevendo-as como “perturbadoras e chocantes”, ainda que não surpreendentes para quem já trabalhou diretamente com Trump. O texto também instiga os cidadãos e líderes políticos a darem atenção às advertências de Kelly, tratando-as como um alerta para os rumos da democracia americana.
A declaração gerou um profundo racha dentro do partido republicano, com alguns membros e figuras proeminentes abandonando o partido para apoiar publicamente Kamala Harris, a atual vice-presidente. De acordo com o site Politico, esse movimento é uma resposta ao que esses dissidentes veem como uma ameaça direta ao sistema democrático dos EUA, representada pela potencial reeleição de Trump.
A resposta de Trump e a estratégia democrata
Trump, como esperado, reagiu com ataques diretos a John Kelly, chamando-o de “degenerado completo” e alegando que as críticas são infundadas e movidas por “puro ódio”. Trump também minimizou o impacto da carta, classificando-a como mais uma tentativa de minar sua popularidade e credibilidade antes das eleições.
Enquanto isso, a campanha de Kamala Harris tem capitalizado sobre as acusações feitas contra Trump, buscando enfraquecer sua posição nas pesquisas eleitorais e ampliar seu apoio entre os republicanos moderados e independentes.
Escândalos em torno de Trump
A figura de Trump continua a ser marcada por controvérsias. Recentemente, foi novamente acusado de assédio sexual por Stacey Williams, uma ex-modelo que alega ter sido assediada pelo então empresário em 1993. Williams declarou que decidiu tornar o incidente público duas semanas antes das eleições para impedir a reeleição de Trump, ressaltando a importância de sua denúncia neste momento crítico.
Outra acusação que gerou alvoroço foi a de que Trump teria, secretamente, enviado os poucos testes de COVID disponíveis no início da pandemia para a Rússia, beneficiando Vladimir Putin. Naquela época, os testes eram escassos até mesmo nos Estados Unidos, tornando a acusação ainda mais polêmica.
Conclusão
As acusações de fascismo e os escândalos contínuos envolvendo Trump ampliam a polarização política nos EUA, revelando um cenário eleitoral marcado por críticas, deserções partidárias e um intenso confronto político que irá moldar as próximas eleições. Enquanto o partido republicano lida com suas divisões internas, os democratas tentam aproveitar o momento para minar o apoio a Trump e reforçar a campanha de Kamala Harris.